Desde que foram criadas as telenovelas no Brasil, isso em meados de 1951 pela extinta TV Tupi, criou-se uma necessidade, um vínculo seja vicioso, seja identificador, para com a população que desde então às assisti.
Mas o que nos atrai? Bom, diversos fatores nos fazem prender à televisão. Identificamo-nos sempre com algum personagem ou mesmo com um caso, uma cena que este protagoniza. Comparamos diretamente os casos vividos nas tramas com os que passamos em nossa vida e muitas das vezes isso resulta em uma autoajuda.
Nas novelas, temos bons e maus exemplos para seguirmos. Podemos nos aliar, mesmo que em nosso pensamento, à personagens maus que sabem puxar todo sentimento de obsessão por qualquer coisa em nossos pensamentos, como também podemos aliar aos bonzinhos, onde caridade, carinho, solidariedade são as leis a serem seguidas, aconteça o que acontecer. Mas convenhamos, o quê seria de um personagem bondoso se não tivesse um maldoso a querer prejudicar-lhe?
O quê seria? Um fracasso de audiência... É preciso sempre pensar que, antes de tudo, de todas intenções de dar vistas da vida ao povo, as novelas tem como principio gerar audiência. Audiência está diretamente ligada, para as empresas televisivas, à lucro. Existem diversas formas de uma novela gerar lucro, e com certeza a melhor delas é uma trama na qual as mazelas humanas são destaque.. .mas não esqueçamos que novelas geram trilhas sonoras nacionais e, algumas, internacionais... Geram patrocínios criadores de algumas cifras em troca de merchandising.
Merchandising: era nesse ponto que queria chegar.
Como dito acima, as novelas usam da vida real para fazer seu próprio merchan.
Mas algo vem me despertando no mínimo curiosidade: o merchan social que ganha espaço nas novelas.
Tudo bem, a novela é um painel de pura ficção. Mas tais problemas não são:
Discriminação seja ela de qual teor for, problemas sociais, bullying, aceitação de deficiência visuais, físicas e psíquicas, prevenções contra doenças...
Estas ações ditas como sociais ganham cada vez mais espaço. Claro, de longe conseguimos concluir que estas são nada mais do que ações governamentais que, por pura inteligência, utilizam a “mania televisiva noveleira” do brasileiro para dar seus pitacos. E estão certos. Estes problemas ganham proporções maiores a cada segundo, necessitando de uma publicidade.
Há algum tempo, em alguma novela, de algum canal, cenas de violência contra mulher foram forte e repetidamente exibidas. Aí está mais um exemplo: pura ação política governamental. Depois te tanto apanhar, lembro que a personagem desta novela fez uma denúncia contra seu agressor e o dito, recebeu penalidades coerentes.
E trazendo perto da realidade, tenho certeza de que esta questão encorajou milhares de mulheres a fazerem o mesmo...
Bom, para não esticar mais este assunto, concluo o seguinte:
As novelas são sim ficção. E este deve ser o maior gosto dos autores, poder realizar, “viajar”, extrapolar quaisquer limites pensados.
Porém, ações sociais são necessárias. A mente humana, pelo menos de alguns, não está preparada ainda para viver em sociedade, e isto precisa sempre ser exemplificado. Precisamos saber que mulher é igual à homem, negro igual à branco, que as limitações de um deficiente não o fazem pior e, acima de tudo, que qualquer ato contrário à estas tolerâncias, precisa ser redimido.
As novelas podem sim deixar de serem apenas tramas vividas por galãs e exuberantes mulheres para serem um excelente meio social de conscientização.
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
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